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A disciplina Tecnologias Sociais de Convivência com o Semiárido tem como objeto de reflexão as políticas públicas e as novas tecnologias sociais utilizadas para convivência com o semiárido nordestino, tendo como referência as experiências de uso e manejo de água. No semiárido a semiaridez e a escassez de água ainda se encontram aliadas à ineficiência de políticas públicas, as quais se mantiveram, historicamente, afastadas de ações e projetos que fossem capazes de inserir um plano concreto de convivência para as áreas ciclicamente afetadas pela estiagem e pelas perversões oriundas de uma injusta distribuição da renda e da terra e de forte atuação política das oligarquias locais. Apesar desse contexto, algumas experiências que envolvem as tecnologias sociais oriundas de práticas alternativas e que consideram os saberes locais estão sendo desenvolvidas por Universidades e Organizações Não Governamentais que atuam na região. Os déficits hídricos acentuados, a caatinga hiperxerófila, a ocorrência periódica das secas e as limitações do solo, os quais são rasos e muitas vezes apresentam alto teor de salinidade (Souza, 2008), o predomínio de cidades pequenas e a baixa densidade demográfica (SOUZA, 2008) impõem certos limites ao sistema produtivo da região, além de provocar sérios danos sociais, uma vez que a economia da maioria dos municípios está relacionada às atividades do setor primário, principalmente a pecuária caprina e a produção de milho, feijão e algumas frutíferas. Nesse cenário, serão abordados o conjunto de tecnologias sociais apropriadas de captação e armazenamento de água de chuva; barragem subterrânea; barreiro; aproveitamento de águas de caminhos; cultivos adequados ao semiárido; manejo adequado de caprinos e ovinos; silagem; forragem e outras.